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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESÍA ESPAÑOLA
Coordinación de AURORA CUEVAS-CERVERÓ
Universidad Complutense de Madrid

 

 

Foto:  https://libroemmagunst.blogspot.com/

 

MARJIATTA GOTTOPO

( Venezuela )

Nasceu na Venezuela em 1972.
Estudou Letras na Universidade Central da Venezuela. Trabalhou três anos na Fundación Museo Arturo Minhele em Caras.
Emigrou para a Espanha em 1993 e atualmente reside em Tenerife. 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

FEROCES – MUESTRA DE LAS ACTITUDES RADICALSES, MARGINALES Y  HETERODOXAS EN LA ÚLTIMA POESÍA ESPAÑOLA.   Unversidad Complutense.  Presentación de Isla Correyero.  Barcelona: DVD Ediciones, 1998   414 p.
ISBN 84-95007—05-3
                                       Ex. bibl. Antonio Miranda

Los poetas de esta Muestra ejemplifican em mayor o menor medida la urgência de un cambio de actitud y de pensamento parta nuestros dias.     Su escritura refleja la vida cotidiana submergida, los lados oscuros y marginales de nuestra época.”  ISLA CORREYERO

La ferocidade es, em cierto modo, la contrapartida animal del entusiasmo espiritual y de ahí que aparezca, complemento contradictoria, en las grandes pasiones  religiosas, eróticas y artísticas.”  OCTAVIO PAZ

 

FAREWELL

Cuando ya no te presienta al fondo de los ojos
sabré que por fin has muerto
bajo la lluvia radioactiva
del desprecio.

Cuando no pueda escuchar tus pasos
en los callejones del delirio
ni profane canciones para no despertar a tu nombre
(cuando ya no haya hechicería ni leyenda)
entonces es desierto no me arderá en el desierto.
Y te dejaré salir
por la ventana sucia de mis desencuentros
entonces podrá jurar que yo mentía
cuando pueda mentir no habrá nada que arranca a los instantes
y no habrá nadie que me libere
de traicionarte
por los siglos
de los siglos.

 

QUERIDO ENEMIGO MÍO

Un enemigo cuando te mira a los ojos presiente las escapadas.
Un enemigo ronda entre tus cosas de palo.
Un enemigo te desea, te esconde.
Un enemigo acecha en algunas madrugadas azules
un fantasma se ha posado
entre tu cerveza
y la suya.
Hay una fisura en las cosas imposibles
hay abismos en todos los desencuentros
donde los soldados se sacrifican
hay escaleras podridas
hay trincheras donde no deberías caer
ni siquiera morto.
Hay perros envenenados
no hay un patio
no hay un patio
hay un enemigo llorando
por no hacer bastante daño.

 

Origen de los poemas:  Del libro inédito: Psicotrópicos.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA

 

 

FAREWELL

Quando já não te presentes no fundo dos olhos
saberei que por fim morreste
sob a chuva radioativa
do desprezo.

Quando não puder escutar teus passos
nos becos do delírio
ne profane canções para não despertar teu nome
(quando já não haja feitiçaria nem lenda)
então é deserto não me arderá no deserto.
Eu te deixarei sair
pela janela suja de meus desencontros
então poderá jurar que eu mentia
quando puder mentir não haverá nada que arranque os instantes
e não haverá ninguém que me libere
de trair-te
pelos séculos
dos séculos.

 

 

QUERIDO INIMIGO MEU

Um inimigo quando te mira nos ojos pressente as escapadas.
Um inimigo ronda entre tuas coisas de vara.
Um inimigo te deseja, te esconde.
Um inimigo espreita em algumas madrugadas azuis
um fantasma se pousou
entre tua cerveja
e a dele.
Tem uma fissura nas coisas impossíveis
tem abismos em todos os desencontros
onde os soldados se sacrificam
tem escadas podres
tem trincheiras onde não deverias cair
nem mesmo morto.
Tem cães envenenados
não existe um pátio
não existe um pátio
existe um inimigo chorando
por não causar bastante dano.

 

 

*

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Página publicada em maio de 2022


 

 

 
 
 
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